27.3.15

as caixas obscuras

percebo que não me é permitido o voo
a mim não, a arte de voar sem metas
a arte de permanecer no ar
– alguma arte
percebo talvez uma forma diferente de respirar
posso?, em silêncio criar outro oxigênio
a arte de inalar meu próprio ar
e permanecer – alguma arte
mas sem ar
eu, acidente automático
a morte que respira em mim
o desastre